quarta-feira, janeiro 17, 2007

Por que as francesas não engordam?

Achei essa matéria interessante, mas é de um site em que tenho acesso restrito, então não dá para colocar o link. Já tinha ouvido falar no livro e achei interessante como a cultura gastronômica francesa, com a preservação de seus rituais e tradições, pode influenciar na sua saúde, bem estar e auto estima - segundo a autora Mireille Guiliano. Segue reprodução do texto:

"Os ensinamentos de Madame Guiliano
A França é conhecida pela qualidade e variedade da gastronomia, mas não é um país de obesos. O instigante também é que “malhar” não está entre as predileções dos franceses.
A tradicional alimentação francesa ainda se mantém com três refeições ao dia e três pratos ao jantar e, muitas vezes, com um adicional de queijo antes da sobremesa, garante a francesa Mireille Guiliano no livro, que se tornou best-seller internacional, “As mulheres francesas não engordam” (Ed.Campus).
Embora o número de pratos seja maior, o tamanho deles é menor, ou seja, a quantidade de comida é bem reduzida. Mas para a autora, outro segredo é que os franceses cultivam uma certa formalidade e tradição mesmo nas refeições comuns, apesar das modernidades. Nada de comer vendo tevê ou lendo jornal. Nem comer no carro ou no metrô. Muito menos em pé!
Comer para os franceses exige um certo ritual. A arrumação da mesa é tão importante quanto a preparação da comida, pois dispõe a mente para o que será servido e aguça os sentidos.
Prestar atenção ao que se come é fundamental para se apreciar o sabor, ensina Mireille. Quem come automaticamente, come mais do que necessita. Come para satisfazer os “demônios” da mente e não às necessidades do estômago ou da degustação. Pelo menos a metade dos nossos hábitos errados de comer e beber, garante a autora, origina-se da falta de atenção aos nossos verdadeiros prazeres e necessidades.
E mais um segredo. O prazer da maior parte das comidas está nos primeiros bocados, por isto os franceses raramente repetem um prato. Assim, não transformam em rotina as coisas de que mais gostam.
Eles também não colocam uma refeição inteira no prato. Trocar os pratos não apenas força a pessoa a se concentrar no que está saboreando como também retarda a refeição, favorecendo a digestão e promovendo maior satisfação. “Quanto mais depressa se come, mais se quer comer. Se lavar um prato extra parece um transtorno, o que, então, representa engordar?” questiona Mireille.
Assim, mesmo saindo de uma refeição mais elaborada, os franceses ficam satisfeitos, nunca empanturrados. Então, como constatou madame Guiliano, tudo se resume a uma questão cultural.

A influência cultural
Meirelle, aos 18 anos, viveu por um ano nos Estados Unidos, participando de um intercâmbio e voltou gorda. Ao retornar, surpreendeu a todos. Com a ajuda do médico da família e dos pais, recebeu orientação para voltar aos clássicos princípios franceses da gastronomia e para adotar os truques consagrados pelas mulheres locais, que nunca mais abandonou.
Embora tenha voltado a morar na América, em razão da carreira e do casamento com um americano, hoje, como presidente e CEO da Clicquot Inc., em Nova Iorque, participa de freqüentes almoços e jantares de trabalho. Sem dietas radicais e uma vida de vinho, pão e até chocolate, mantém-se esbelta como qualquer francesa, conforme demonstra em suas aparições.
O peso ideal, diz ela, varia nas diferentes épocas da vida. Quem era saudável aos vinte anos, o melhor é manter mais o menos o mesmo peso o resto da vida. Para tornar esta meta possível, oferece alguns conselhos básicos:
-Não fique passiva, nem desanimada quando sua roupa e o espelho indicarem que é hora de fazer um ajuste na alimentação. Anote durante três semanas tudo o que come. Depois identifique e reduza progressivamente os “agressores” (massas, pizzas, doces, etc) que forem mais freqüentes;
- não estoque “agressores” em casa;
- faça uma lista e um estoque de “pacificadores” da fome (iogurte, barra de cereais, frutas), que mais lhe agradam;
- cultive sua própria intuição de “agressores” e de “prazeres” e ajuste cada um aos níveis que lhe convenha, procurando sempre compensar abusos, ou seja, maximizar as recompensas do prazer, minimizando os custos;
- diversifique suas comidas tendo em foco as estações do ano. Aumente a proporção de frutas frescas e legumes;
- experimente novos sabores;
- prepare suas próprias refeições. Desista de comidas prontas, principalmente as que são processadas com qualquer coisa que seja artificial;
- os temperos facilitam a digestão das comidas pesadas e fortalecem a imunidade (tanto as ervas quanto os temperos podem ajudar a diminuir o sal, que causa retenção de água e ganho temporário de peso). Invista no alho poró que é muito nutritivo e diurético;
- tome um bom café da manhã;
- coma devagar e sempre sentada. Aprecie o que está comendo;- nunca sinta fome. A fome é atormentadora e desagradável;
- beba pelo menos mais dois copos de água por dia e sempre mais, quando tiver oportunidade;
- progresso na carreira, casamento e maternidade podem ser fatores de estresse. A melhor defesa é aprender a saborear as pequenas coisas que fazem cada dia ser um milagre, seja o nascer do sol no caminho para o trabalho, um arbusto abrindo em flores ou o sorriso inesperado de um estranho.
As francesas são esbeltas e saudáveis porque compreenderam que são guardiãs do próprio equilíbrio e, quando este escorrega, estabelecem seu próprio plano de correção, baseando-se nas preferências pessoais. Mas, normalmente, elas não deixam uma perda de equilíbrio ficar muito fora de controle... "

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19 Comments:

  • At 1:08 PM, Blogger Fer Guimaraes Rosa said…

    Eu tenho esse livro, que ainda nao li - quer dizer, li o primeiro capitulo ou introducao. Faz muitio sentido tudo isso, principalmente a parte das porcoes e de cozinhar em casa. Aqui eh uma coisa horrorosa, onde voce vai eh aquele pratao e voce por consideracao aos famintos da Africa nao desperdica... Ha que se repensar todas esses maus habitos culturais. beijos!

     
  • At 3:51 PM, Blogger Eli said…

    Regina sabe que depois da minha redução de estômago minha maior dificuldade foi aprender a comer, ou seja comer devagar repousar os talheres mastigar milhões de vezes eu sofri muito, hoje uma das coisas que mais me orgulho foi não ter passado esse mal costume de engolir a comida pro meu filhote, que come super devagar é uma graça.

     
  • At 4:21 PM, Blogger thais said…

    olha, que legal...
    vamos tentar implementar algumas coisas aqui em casa...

     
  • At 8:49 PM, Blogger Regina said…

    Fezoca, aqui no Brasil tbém é uma fartura, e japonês então, tem resquícios do tempo de guerra e tem que sempre ter aquela abundância. Mas realmente é um exagero... :0

    Eliana, eu preciso aprender com vc então. Não sou daquelas mais velozes, mas tbém não mastigo do jeito q deve ser. Acho q assim dá mais tempo de saborear as coisas né?

    Thais, olha, essa parte de 3 pratos para lavar eu tô meio que fora rsrsrsr

     
  • At 10:42 PM, Anonymous Anônimo said…

    Regina: eu tenho esse livro e já li 2 vezes de tanto q gostei... além das histórias maravilhosas q envolvem mta culinária francesa, ela nos dá essa baita lição de moral como no trecho que vc destacou. O segredo de tudo é sempre MUITO BOM SENSO e AUTO-CONTROLE! Beijos.......

     
  • At 12:14 AM, Blogger Cinara said…

    Ótimas dicas, Rê! Eu tento seguir a maioria delas, nem sempre com sucesso, mas eu tento... Gostei muito deste post, faz a gente repensar nossos hábitos! Bjs

     
  • At 9:39 AM, Anonymous Anônimo said…

    Regina, eu voltei com 13 kg a mais quando fiz intercâmbio... e perdi loguinho, na época caminhava muito, a escola era longe e cidade pequena não tinha essa de ir de carro. Hoje, depois de 3 filhos meu peso não é o mesmo de solteira, mas estou feliz! Bjs

     
  • At 10:20 AM, Blogger Regina said…

    Camila, acho q vou comprar o livro...parece ser interessante mesmo!

    Cinara, o difícil é controlar a gula mesmo né! Acho q é o meu maior pecado... rsrsr

    Cris, o importante é se sentir bem e feliz! bjs ;))

     
  • At 5:24 PM, Blogger Daniela said…

    Regina, eu vi o livro e não comprei mas li algumas críticas e matérias a respeito. Creio que o europeu tem uma relação com a comida completamente diferente eles realmente param para comer e não comem fazendo outras coisas. Cada vez mais acho que comer pouco e de tudo mais atividades físicas é o caminho.
    Beijos

     
  • At 8:50 AM, Blogger Lua Limaverde said…

    Regina, essas dicas são para as leitoras, não é? Por que pela sua foto você não precisa mesmo! :)

     
  • At 12:03 PM, Blogger Regina said…

    Dani, vc está certíssima!

    Luna, depois q a gente passa dos 30, todo cuidado é pouco viu... ;))

     
  • At 11:07 AM, Blogger Elvira said…

    Bem... isso não é bem assim... Também li o livro. A autora come tipo passarinho.

    Fui parisiense durante 30 anos e conheci montes de Francesas bem gordinhas. ;-)

     
  • At 6:00 PM, Blogger Karen said…

    Também vi várias pessoas comentando que nem todas as francesas são assim magrinhas, mas os conselhos são bons para quem tem a sabedoria de segui-los...rs (Eu tento... mas cada vez mais as coisas que como teimam em me fazer companhia...)

     
  • At 8:28 AM, Blogger Regina said…

    Andrea, eu ainda não tive oportunidade de ler o livro :((, vc tem essa receita da sopa? Deve ser boa... bjs

     
  • At 5:17 PM, Blogger ismenia said…

    Já tinha ouvido falar sobre esse livro, até que outro dia vi na tv, a própria Meirelle Guiliano, sendo entrevistada em sua casa e preparando uma refeição, adorei....
    e tb, a anônima, disse que tem histórias maravilhosas sobre a gastronomia francesa, fiquei curiosa!!! Regina, seu blog é maravilhoso,parabéns!

     
  • At 11:27 AM, Blogger Unknown said…

    NA FRANÇA NÃO TEM GORDINHAS??? TEM SIM!!!
    Mas a Mireille NÃO DISSE QUE NÃO HAVIA, mas sim, que enquanto nos EUA 65% da população está acima do peso, na França isso equivale a 11% da população, mesmo tendo uma alimentação rica em gorduras - o Paradoxo Francês. E a autora explica como isso se dá. Vale MUITO a pena ler o livro.

     
  • At 10:35 PM, Blogger BEE said…

    o engraçado é que as francesas gordinhas na maioria das vzs são de famílias não francesas..isso quer dizer..este lance é totalmente cultural!!

     
  • At 4:14 PM, Blogger Melina said…

    Morei 5 anos na França e concordo com tudo que disse Mireille. A refeição é o momento mais importante do dia e deve ser apreciado tranquilamente.

     
  • At 8:47 AM, Anonymous Anônimo said…

    Onde encontro esse tal de alho poró aqui em Tolouse, aguém sabe me dizer?

     

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